O que você precisa saber sobre regularização de obra

A regularização de obra é um procedimento fundamental na construção civil. Visa legalizar as edificações, atestando que atendem às normas urbanísticas e de segurança local.

Esse processo envolve uma série de etapas, incluindo a análise da situação, que identifica irregularidades como a falta de aprovação de projetos e desvios de zoneamento. Além disso, o pagamento de taxas e multas pendentes é essencial e pode atrasar a regularização se não for feito.

Geralmente, vistorias técnicas são conduzidas para assegurar que a obra esteja de acordo com os requisitos de segurança e urbanismo. 

A aprovação dos órgãos competentes é necessária depois da conclusão de todas as etapas. Afinal, a emissão do Habite-se ou do Alvará de Funcionamento só poderá ser feita após o término dos trâmites.

Portanto, buscar orientação de profissionais e órgãos competentes é um trabalho indispensável para garantir a eficácia do processo de regularização de obra. 

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Como obter a regularização de obra?

A regularização de uma obra envolve vários passos, e cada um desempenha papel fundamental. Confira abaixo as 5 principais etapas deste processo:

1. Faça a matrícula do imóvel

A matrícula do imóvel é um registro legal que consta no cartório de registro de imóveis. Esse documento deve ser feito antes de iniciar a regularização, garantindo que o empreendimento esteja registrado no nome do proprietário.

2. Contrate um profissional habilitado

Contratar um profissional habilitado, como um arquiteto ou engenheiro, é fundamental para guiar e supervisionar a regularização de obra. Afinal, ele será responsável por elaborar o projeto, lidar com os aspectos técnicos e assegurar que esteja em conformidade com as normas e regulamentos locais.

3. Estruture o projeto

Um dos passos para conseguir a regularização envolve a criação de documentos técnicos, como plantas, cortes e memoriais descritivos, que descrevem a obra de forma detalhada, incluindo seu dimensionamento, materiais e padrões de segurança. 

É fundamental que tudo esteja em conformidade com as regulamentações de zoneamento, construção e segurança.

4. Emita o alvará

O alvará é uma autorização emitida pela prefeitura ou órgão governamental competente. Para obtê-lo, o projeto deve ser submetido para análise e aprovação das autoridades, garantindo que haja cumprimento das normas urbanísticas e de segurança.

5. Providencie documentos e licenças

Além do alvará, podem ser necessárias outras autorizações, como a licença ambiental, dependendo da natureza da obra. Documentos adicionais, como certidões negativas de débitos e comprovantes de pagamento de taxas, devem ser providenciados para certificar que está tudo em ordem. 

Cada um desses passos é crucial para o sucesso da regularização da obra e para garantir que a edificação esteja de acordo com as leis e regulamentos locais. Trabalhar em estreita colaboração com profissionais qualificados e as autoridades competentes é essencial para conduzir esse processo de maneira eficaz.

Documentos necessários para a regularização de obras

A documentação necessária para a regularização de obra pode variar de acordo com as características, localização e especificidades de cada município e estado. No entanto, separamos abaixo alguns documentos comuns que podem ser necessários nas etapas de início e pós-obra:

Início da Obra

  • Alvará de construção: documento emitido pela prefeitura que autoriza o início da obra.
  • Projeto arquitetônico: planta baixa, cortes e fachadas da edificação, incluindo especificações técnicas.
  • Anotação de Responsabilidade Técnica (ART): documento emitido por um profissional habilitado (engenheiro ou arquiteto) que atesta sua responsabilidade pela obra.
  • Licença ambiental: caso a obra tenha potencial impacto no meio ambiente, pode ser necessário obter uma licença com o órgão responsável.
  • Certidões negativas de débitos: documentos que comprovam a regularidade fiscal do proprietário, do terreno e da obra.
  • Pagamento de taxas: recibos de pagamento das taxas exigidas pelos órgãos competentes.

Pós-Obra

  • Habite-se ou Alvará de Funcionamento: documento que atesta que a obra foi concluída de acordo com as normas e regulamentos. É necessário para permitir que a edificação seja habitada ou usada para a finalidade prevista.
  • As-Built: plantas revisadas da obra, mostrando como a construção efetiva se compara ao projeto original.
  • Certidão negativa de débitos: para comprovar que todos os pagamentos de taxas e impostos relacionados à obra estão em dia.
  • Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB): caso seja uma edificação sujeita a riscos, como edifícios comerciais, o AVCB pode ser exigido para garantir a segurança contra incêndio.
  • Laudos técnicos: dependendo das características da obra, podem ser necessários documentos técnicos, como laudos de engenharia, geotécnicos, elétricos e hidrossanitários.
  • Declaração de Conclusão de Obra: um documento declarando que a obra foi concluída de acordo com as normas vigentes.

Vale destacar que é importante consultar o órgão responsável pela regulamentação da construção, para obter informações específicas e orientações sobre os documentos necessários. As instituições municipais são as principais responsáveis por fiscalizar as construções.

Os prazos podem variar consideravelmente, dependendo da complexidade da obra, sua localização e a legislação vigente. Em alguns casos, o processo leva meses. Assim, é crucial verificar os prazos junto aos órgãos competentes e fazer um planejamento adequado para cumprir as etapas necessárias.

Quanto ao retorno sobre o investimento (ROI), é importante ressaltar que, embora a regularização de uma obra possa demandar investimentos significativos em termos de tempo e recursos financeiros, ela gera vários benefícios. Uma obra regularizada valoriza e resguarda o imóvel, garantindo sua segurança e conformidade legal. 

Isso facilita transações imobiliárias, como vendas e locações, além de prevenir multas e penalidades que poderiam ser impostas em virtude da irregularidade. O investimento na regularização tende a se traduzir em proteção jurídica e oportunidades futuras.

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